Opinião... Sonali Dareniyagala * A Onda

Data Início: 07-02-2014 

Data Fim: 10-02-2014

AutorSonali Deraniyagala
Título: A Onda
Editora: Vogais
ISBN: 9789896682057
N. Páginas: 240

Sinopse:
Na manhã de 26 de dezembro de 2004, Sonali Deraniyagala perdeu duma só vez os pais, o marido e os dois filhos. O tsunami que nesse dia atingiu o sudoeste asiático levou-lhe a família mas ela, como por milagre, sobreviveu. Neste livro corajoso, pungente e franco, a autora descreve os terríveis momentos que viveu e a sua longa jornada desde então. Num relato cativante e emocional, Sonali descreve como se debateu furiosamente, durante os primeiros meses após a tragédia, contra uma realidade que não conseguia enfrentar e simultaneamente não podia negar.
Com uma escrita emocional e sincera, que torna este impressionante relato ainda mais poderoso, "A Onda" é uma memória biográfica extraordinária que se lê com comoção.
Um livro que irá captar a atenção dos leitores pela sua brutal honestidade e intensidade. 
 

Comentário:
Quando comecei a ler este livro, já imaginava que ia ser uma leitura dura, dificil. Acho igualmente que é impossível criticar qualquer atitude ou reacção de Sonali, porque face a uma situação tão abrupta, a reacção humana só poderá ser imprevisivel.

Este livro relata a história real de Sonali, que perdeu toda a sua familia no tsunami que devastou a costa asiática em Dezembro de 2004: dois filhos, marido e pais. Num momento estavam todos juntos a comentar a festa de Natal ocorrida na véspera e no momento seguinte Sonali vê-se embrulhada em água sem qualquer capacidade para se socorrer a si mesma quanto mais aos seus entes queridos.
Depois de confirmada a morte de todos eles, Sonali entra num período de depressão e de negação. Apenas a ajuda de familiares e amigos a mantém à tona e a faz sobreviver à dor.
Sonali relata-nos tudo o que passou na primeira pessoa, de forma honesta, assumindo todas as suas atitudes, mais ou menos correctas.

E Sonali transmite-nos também uma mensagem de esperança, de que é possível voltar a viver. E que as memórias podem ser um apoio positivo e não apenas um relembrar do que se perdeu.
É um livro intenso e doloroso, mas que deve ser lido!

Classificação: 8/10

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